domingo, 21 de novembro de 2010

Avaliação

Como será o meu estado atual perante Deus?
Como será que Deus me avaliaria se eu morrese agora?
Seria considerado um covarde?
Ou eu estaria apenas estacionado em virtude de situações cármicas?
Quando tentei mudar a situação não consegui.
Será por processo cármico?
Será por falta de habilidade minha?
Orgulho?
Egoísmo?
Não sei. Só vou saber quando morrer.

Outras vidas...
Será que vou poder me reestabelecer noutras vidas?
Será que vou ter as oportunidades para eu mudar e conseguir o que tanto desejei?
Será que vou poder pagar psicólogo?
Não sei. Só vou saber quando morrer.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

37 anos

Mais um ano que se passou pra mim;
Já são trinta e sete anos;
Tem coisas que a gente consegue mudar;
Outras não. Mesmo com o passar do tempo;
Trinta e sete anos e não consegui algo básico;
Muito básico;
Como será o meu próximo ano?
Está nas mãos de Deus;
Só Ele pode mudar isso se for pro meu bem;
Nesses trinta e sete anos ainda não consegui saber o que de bom tem isso;
O que devo aproveitar ou aprender disso;
Não sei. Minha cegueira não permitiu.
Minha ignorância não conseguiu atingir o valor real disso.
Como será o meu próximo ano?
São trinta e sete anos de rebeldia.
De angústia e aflição.
Quantos anos mais serão necessários?
Não sei. Só sei que quase chego a loucura;
E se não ficar louco espero que fique menos triste.
Bem, paciência. Tem coisas que não dá pra mudar.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Até Quando

Até quando vou precisar disso?
Até quando a angustia será necessária?
Até quando a amargura deverá existir?
Até quando o deserto deve permancer?
Até quando a aridez existirá?
Até quando o gelo se prolongará?
Até quando essa prisão é adequada?
Até quando?
Até quando, Senhor?

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Natal

O cheiro do panetone
O gosto do panetone
as luzes de Natal
as músicas do Natal
Shoppings cheios
Falta de vagas para estacionar
Happy Hour
confraternizações
amigos secretos
amigos da onça
troca de presentes
o lixeiro querendo caixinha
o carteiro querendo caixinha
roupas brancas
bebidas
excessos
O pior momento do ano
Não porque é ruim
mas porque é mais díficil de mascarar,
não dá pra mascarar a solidão.
a imensa solidão. a gélida e sofrida solidão que há dentro de mim.